Numa demonstração de força que chamou a atenção de toda a América Latina, os Estados Unidos deslocaram mais de 4 mil militares entre fuzileiros navais e marinheiros rumo ao mar do Caribe, em uma operação comandada diretamente por Donald Trump contra o regime de Nicolás Maduro.
A ordem mobilizou porta-aviões, submarinos nucleares, contratorpedeiros e caças, configurando uma das maiores operações militares recentes no continente. Oficialmente, o objetivo é o combate aos cartéis de drogas, classificados como “organizações terroristas” por Trump. Mas, nos bastidores, a missão revela um alcance muito maior: uma mensagem direta aos regimes que desafiam a paz no hemisfério ocidental.
Nicolás Maduro sob pressão direta
Entre os principais alvos da mobilização está o regime de Nicolás Maduro, acusado de financiar-se por meio do tráfico internacional. A retórica chavista, em Caracas, denuncia imperialismo, mas na prática reflete medo e desespero diante da superioridade bélica americana.
Enquanto os EUA exibem seu poderio, as forças venezuelanas mostram-se frágeis: tanques soviéticos obsoletos, tropas mal equipadas e dependência crescente da Rússia e do Irã. Moscou mantém uma fábrica de armas em solo venezuelano, enquanto Teerã fornece drones e equipamentos de precisão. Ainda assim, a disparidade em relação às forças norte-americanas é abissal.
Reações internacionais e tensão diplomática
A megaoperação norte-americana também gerou desconforto em governos da região. O Brasil manteve silêncio estratégico, priorizando relações com Rússia, China e Irã — decisão criticada por diplomatas ocidentais. Já Claudia Sheinbaum, presidente do México, alertou para o risco de desestabilização regional diante de uma ação militar de tal escala.
Em Washington, o discurso oficial segue pautado no narcoterrorismo. Porém, a análise entre bastidores é clara: trata-se de um cerco a Maduro e de um esforço para cortar seus canais internacionais de apoio, sufocando financeiramente o regime chavista.
O poder do Comando Sul
Sediado em Doral, na Flórida, o Comando Sul é a espinha dorsal da estratégia americana na América Latina. Controlando a Quarta Frota da Marinha, possui capacidade de projetar poder em qualquer ponto do continente em poucas horas.
Seus ativos incluem submarinos nucleares, navios de assalto anfíbio e aeronaves de reconhecimento de longo alcance, como o P-8 Poseidon — um caça-submarinos moderno, capaz de lançar torpedos e mísseis de precisão, patrulhando tanto o Atlântico quanto o Pacífico.

Movimentações recentes: USS Iwo Jima e fuzileiros expedicionários
Nos últimos dias, o Comando Sul ativou o Grupo Anfíbio de Prontidão Iwo Jima e a 22ª Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais, ambas com capacidade de atuar em operações rápidas e de alta complexidade.
O USS Iwo Jima, navio de assalto anfíbio, funciona como centro de comando e plataforma de lançamento para operações expedicionárias. Já a 22ª Unidade Expedicionária é especializada em infiltração, reconhecimento e captura de alvos estratégicos — exatamente o tipo de força treinada para cenários como o da Venezuela.

A pressão sobre Maduro e o futuro da região
Com sanções econômicas, bloqueio marítimo e presença militar maciça, os Estados Unidos apertam o cerco contra Maduro. A recompensa de 50 milhões de dólares por sua captura só reforça o clima de incerteza e atrai mercenários de várias partes do mundo.
Enquanto isso, o Brasil recebe tropas americanas em exercícios conjuntos como o Tápio 2025, que já é considerado o maior da história recente. A mensagem é clara: os EUA estão dispostos a ir além da diplomacia e das sanções econômicas para garantir seus interesses estratégicos no continente.
Reposicionamento estratégico
A movimentação do Comando Sul no Caribe e na América do Sul não é apenas um exercício militar: é um reposicionamento estratégico que redefine a balança de poder regional. Para Maduro, cada novo deslocamento naval soa como um tic-tac ameaçador. Para os Estados Unidos, é a reafirmação de que nenhum regime hostil permanecerá intocado.
POR: EXAME