Brasil Marca Presença em Treinamento Internacional
Os Fuzileiros Navais do Brasil participaram, pela primeira vez, de um exercício militar com a OTAN, reforçando sua capacidade expedicionária e integração internacional. A operação ocorreu na costa oeste da França, em Lorient, onde os militares brasileiros desembarcaram após treinamentos no Porta-Helicópteros Anfíbio (PHA) Tonnerre, da Marinha Francesa.
O Brasil integrou a Força-Tarefa Anfíbia multinacional, composta por militares de França, Espanha, Austrália, Reino Unido, Itália, Holanda, Grécia e Estados Unidos. A tropa brasileira, representada pelo 2º Regimento da 9ª Brigada de Infantaria de Marinha, participou de operações terrestres no continente europeu, reforçando sua capacidade de interoperabilidade e prontidão para cenários reais de combate.
As atividades envolveram patrulhamento, estabelecimento de posições defensivas e coordenação estratégica com os demais elementos da coalizão. O treinamento conjunto fortaleceu os laços de cooperação entre o Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) da Marinha do Brasil (MB) e as nações parceiras da OTAN, ampliando a projeção de poder da força brasileira em operações internacionais.

Operação Catamaran e o Treinamento Anfíbio
Na semana anterior, os Fuzileiros Navais brasileiros participaram de um exercício de operação anfíbia no Braunton Burrows Training Area, no Reino Unido, dentro da Operação Catamaran. Essa missão envolveu oito países parceiros da OTAN e 12 navios de guerra, incluindo cinco navios anfíbios.
O treinamento ocorreu no aniversário do Desembarque Aliado na Normandia (6/6), o Dia D, conferindo um valor histórico à operação. A área utilizada foi a mesma onde as Forças Aliadas treinaram para o Dia D, reforçando o vínculo entre passado e presente.
Além das operações no mar, os militares brasileiros realizaram treinamentos combinados com tropas estrangeiras. Um dos destaques foi a aplicação do Programa de Artes Marciais Militares (PAMM) do CFN a militares franceses. Doze soldados foram qualificados com o “cinto bege”, primeiro nível do programa, demonstrando a expertise brasileira em combate corpo a corpo.
A participação do Brasil nesse exercício reafirma o compromisso da Marinha do Brasil com a integração internacional, interoperabilidade e prontidão operativa, destacando sua capacidade expedicionária e seu papel estratégico na segurança do Atlântico Sul.
POR: Agência Marinha de Notícias