A presença de contratorpedeiros, porta-helicópteros e até de um submarino nuclear dos Estados Unidos no mar do Caribe gerou grande preocupação entre os regimes autoritários da América Latina. A ação coordenada que se prepara para atuar contra os governos de Nicolás Maduro (Venezuela), Miguel Díaz-Canel (Cuba) e Daniel Ortega (Nicarágua) tem como objetivo enfraquecer a estrutura desses regimes, cujos vínculos com redes de narcotráfico e opressão interna são amplamente reconhecidos. O recado de Washington é claro: a estabilidade da região está sendo questionada, e uma mudança de equilíbrio de forças é iminente. Com um foco claro na derrubada de Maduro, acusado de comandar o Cartel de Los Soles, a operação militar norte-americana visa atingir a estrutura criminosa que sustenta as ditaduras da América Latina.
A Ameaça Militar no Caribe: A Estratégia dos EUA para Combater os Regimes
A movimentação militar no Caribe, que inclui a presença de uma grande quantidade de recursos bélicos, tem causado espanto entre os três principais ditadores da região. Maduro, Díaz-Canel e Ortega estão cientes de que a pressão dos Estados Unidos pode rapidamente se transformar em uma ofensiva real. De acordo com a reportagem publicada pela Revista Veja em setembro de 2025, a situação pode evoluir para um cenário de confronto direto.
O governo de Nicolás Maduro, que lidera a Venezuela, tem enfrentado uma pressão crescente tanto interna quanto externa. Acusado de comandar o Cartel de Los Soles, que usa a Venezuela como um corredor para o tráfico internacional de drogas, Maduro é considerado a peça-chave do esquema que sustenta a ditadura. Para os Estados Unidos, derrubar Maduro é essencial para desmantelar uma rede criminosa que não apenas afeta a Venezuela, mas também a estabilidade de todo o continente. Maduro, por sua vez, intensifica o discurso de resistência, utilizando suas Forças Armadas e milícias para se manter no poder, mas a realidade é que a Venezuela não possui condições bélicas para enfrentar uma potência militar como os Estados Unidos.
Cuba: O Bastão Ideológico da Resistência Comunista e a Dependência do Petróleo Venezuelano
Cuba, sob a liderança de Miguel Díaz-Canel, tem sido vista pelos Estados Unidos como o braço ideológico da resistência autoritária na região. A ilha, que por anos sobreviveu sob o regime dos irmãos Castro, continua a ser uma fortaleza comunista, marcada pela repressão, censura e pela ausência de liberdades civis. A força do regime cubano, no entanto, está profundamente ligada ao petróleo fornecido pela Venezuela e ao apoio de aliados como Rússia e China. Para os Estados Unidos, qualquer golpe contra o regime de Maduro em Caracas significa também a perda de apoio para o regime cubano, o que pode causar um impacto substancial na sustentação da ditadura de Díaz-Canel.
A crise econômica que assola Cuba, com uma escassez crescente de alimentos e energia, tem acelerado a instabilidade interna. O bloqueio militar e econômico dos Estados Unidos poderia ser a chave para acelerar o colapso do regime cubano. Caso os EUA consigam isolar a ilha do apoio venezuelano, a ditadura cubana pode estar com seus dias contados.

Nicarágua: O Estado Policial de Ortega e o Papel no Tráfico Internacional
Na Nicarágua, Daniel Ortega consolidou um regime autoritário, transformando o país em um estado policial e sufocando qualquer tipo de oposição. A repressão contra os opositores políticos, o controle absoluto da imprensa e a destruição da democracia interna transformaram a Nicarágua em um ponto crítico para os Estados Unidos. Porém, Ortega não é visto apenas como um ditador: ele também é considerado um facilitador do tráfico de drogas e da corrupção na América Central. Seu regime se utiliza da situação de caos e violência para controlar o poder e garantir sua sobrevivência política.
Os EUA consideram Ortega como parte de um “eixo do mal” na América Latina, o que justificaria sua inclusão na estratégia militar coordenada contra os regimes da região. A Nicarágua serve como um ponto de passagem importante para o tráfico de drogas que envolve cartéis internacionais, e sua neutralização pode enfraquecer significativamente as redes criminosas que operam no continente.
A Operação Militar Contra Três Regimes: O Impacto Geopolítico e as Consequências para a América Latina
O plano dos Estados Unidos para avançar sobre os três regimes latino-americanos é uma operação coordenada que visa muito mais do que simplesmente derrubar os governantes atuais. A intenção é reconfigurar o equilíbrio de forças na América Latina, enfraquecendo os vínculos de Caracas, Havana e Manágua com as redes de narcotráfico e com potências rivais, como Rússia e China. A Casa Branca enxerga essa ação como uma oportunidade única para cortar o suprimento financeiro que sustenta essas ditaduras e enfraquecer a presença de potências externas na região.
O impacto simbólico de atingir três ditaduras em uma única operação seria substancial. Além de demonstrar a força dos Estados Unidos na geopolítica latino-americana, essa ação teria um efeito devastador sobre os regimes autoritários, colocando-os em uma posição vulnerável. As operações militares incluirão cerco naval, bloqueio aéreo e operações especiais em território inimigo, tudo com o objetivo de interromper qualquer tentativa de fuga ou resistência prolongada por parte dos regimes.
O Brasil: O “Poderoso Vizinhança” e a Questão das Facções Criminosas
Embora o Brasil não esteja sob regime ditatorial, ele enfrenta seu próprio conjunto de desafios relacionados a facções criminosas como o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o Comando Vermelho. Essas organizações criminosas operam de maneira internacional, e a Casa Branca já demonstrou preocupação com a postura do governo brasileiro em relação a essas facções. A negativa do atual governo em reconhecer essas organizações como narcoterroristas gerou frustrações entre os EUA, que veem essa postura como uma forma de conivência.
A possibilidade de uma intervenção militar no Brasil, com o apoio de forças locais, ainda é um debate em aberto. Entretanto, se a ofensiva contra os regimes de Maduro, Díaz-Canel e Ortega ocorrer, o Brasil se verá diretamente envolvido, principalmente em relação ao combate ao narcotráfico. A questão das facções criminosas brasileiras pode ser um dos próximos alvos de operações mais amplas na região.

O Papel da Inteligência e as Movimentações Estratégicas na Região
A movimentação militar dos EUA no Caribe, que inclui até a presença de submarinos nucleares, é apenas uma parte de uma operação muito mais ampla. Relatórios de inteligência indicam que os três regimes autoritários trabalham em conjunto com redes de narcotráfico, tornando a região um ponto de interesse para potências como os Estados Unidos. A operação coordenada será uma tentativa de desmantelar essas redes criminosas, ao mesmo tempo em que se neutraliza a influência de potências rivais como China e Rússia na América Latina.
Os Estados Unidos têm mostrado um comprometimento renovado com a segurança e estabilidade da região, utilizando tanto a força militar quanto as sanções econômicas para enfraquecer os regimes de Maduro, Díaz-Canel e Ortega. Ao fazer isso, os EUA buscam garantir que a América Latina não se torne um terreno fértil para a expansão de influências adversas.
Lista de ações militares e geopolíticas envolvidas na operação:
- Cerco naval: Bloqueio do acesso marítimo aos regimes.
- Bloqueio aéreo: Restrição da movimentação de aeronaves suspeitas.
- Operações especiais: Ações de infiltração e destruição de redes criminosas.
- Pressão diplomática: Uso de sanções e mobilização internacional para isolar os regimes.
Citações de analistas e especialistas sobre a operação:
- “Os EUA não podem permitir que esses regimes continuem a alimentar redes criminosas e dar espaço para potências rivais na região”, diz Benjamin Gedan, pesquisador da Universidade Johns Hopkins.
- “A operação visa muito mais do que a derrubada de um ditador, é uma tentativa de restaurar a estabilidade na região e garantir a soberania americana”, comenta Ryan Berg, do CSIS.
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