Operação militar coordenada pela Força Aérea Brasileira reforça segurança e logística de alto nível para recepção de chefes de Estado na cúpula do BRICS
A cúpula do BRICS no Brasil, realizada em julho de 2025, atraiu atenção global não apenas pela agenda diplomática, mas também pela complexa operação militar da FAB (Força Aérea Brasileira) que blindou a chegada das delegações internacionais na Base Aérea do Galeão (BAGL), no Rio de Janeiro.
Desde a sexta-feira, 4 de julho, mais de 600 militares das Forças Armadas foram mobilizados em um plano estratégico que envolveu segurança, controle aéreo e apoio logístico. A operação foi liderada pelo Comando de Preparo (COMPREP) e pelo Terceiro Comando Aéreo Regional (III COMAR), com um único objetivo: garantir máxima segurança, fluidez e eficiência na recepção das autoridades.
Essa megaoperação refletiu o alto nível de preparo das forças brasileiras diante de eventos internacionais de grande magnitude.
Por que a Base Aérea do Galeão foi escolhida?
A Base Aérea do Galeão, localizada em uma área estratégica da cidade do Rio de Janeiro, é referência em operações conjuntas e apoio a voos presidenciais e diplomáticos. A proximidade com o Aeroporto Internacional Tom Jobim (GIG) facilita o acesso de aeronaves estrangeiras com diferentes especificações operacionais.
Além disso, a BAGL conta com:
✈️ Pista com estrutura para aviões de grande porte
🛡️ Segurança perimetral reforçada com sistemas de monitoramento
🛠️ Apoio logístico militar de prontidão 24h
📡 Sistemas de comunicação e vigilância aérea de última geração
Essa infraestrutura foi determinante para o sucesso da operação, oferecendo um ambiente controlado e eficiente para recepcionar chefes de Estado com protocolos internacionais.
A complexa logística da megaoperação
O planejamento foi iniciado ainda em abril, com reuniões entre diversas instituições. Sob a liderança do coronel aviador Marcell Barros de Paula, comandante da BAGL, foram feitos alinhamentos entre:
- Ministério das Relações Exteriores
- Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal
- Administração do Aeroporto Internacional
- Unidades da FAB responsáveis pelo controle do tráfego aéreo
- Empresas especializadas no suporte a aeronaves diplomáticas
Foi montada uma Sala de Comando e Controle dentro da base, com painéis em tempo real do tráfego aéreo, status das delegações e canais de comunicação direta com todos os órgãos envolvidos. Isso permitiu que o fluxo de pousos, recepções e deslocamentos fosse feito com precisão milimétrica.
Além disso, protocolos de contingência foram preparados para emergências, como mudança de clima, bloqueio aéreo, falha em sistemas de identificação e interceptação de drones hostis.
Segurança: uma fortaleza invisível
A segurança da operação foi considerada uma das mais rigorosas da história recente da FAB em território nacional. Para impedir qualquer risco de sabotagem, atentados ou violações de protocolo diplomático, a estrutura incluiu:
🔒 Credenciamento eletrônico e conferência biométrica
🚫 Barreiras móveis e estáticas para veículos
🐕🦺 Equipes com cães farejadores especializados em detecção de explosivos
🎯 Atiradores de elite em torres e pontos elevados
🚁 Drones de patrulhamento e sistemas de bloqueio antiaéreo
🚔 Patrulhamento terrestre em ciclos de 4h com tropa de reação rápida
A base militar também foi isolada eletronicamente, com interferência de sinais em zonas críticas e varreduras frequentes para detectar transmissões não autorizadas.
A missão do Comando Operacional Conjunto Redentor
Durante toda a operação, a FAB integrou esforços com o Exército Brasileiro e a Marinha do Brasil por meio do Comando Operacional Conjunto Redentor, ativado exclusivamente para a cúpula do BRICS.
Esse comando é responsável por unir capacidades das três Forças Armadas em situações que exigem resposta coordenada e de alto nível. Ele já havia sido ativado anteriormente em grandes eventos como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos.
Nesta missão, coube ao Redentor:
🛡️ Garantir segurança nos hotéis, rotas e centros de convenção
🚧 Coordenar bloqueios táticos e logística das comitivas
📡 Supervisionar o tráfego aéreo civil e militar na região metropolitana
📋 Estabelecer protocolos de ação imediata em caso de ameaça
Chegada dos líderes e fluxo diplomático
Os primeiros chefes de Estado a desembarcarem foram o presidente da Nigéria, Bola Ahmed Tinubu, e o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed Ali. Em seguida, a base recebeu os líderes da Malásia, Vietnã, China, Índia, Indonésia e Angola.
A movimentação foi intensa, com pousos em sequência e deslocamentos terrestres escoltados pela Polícia Federal, PRF e tropas da FAB. Cada comitiva seguiu um cronograma coordenado para evitar sobreposição e congestionamento nas vias e nos acessos à base.
O protocolo militar brasileiro previu desde a abertura de portas das aeronaves por equipes bilíngues, até a escolta com veículos blindados até os hotéis oficiais.
O impacto internacional da operação
A execução dessa megaoperação projetou internacionalmente a capacidade operacional da Força Aérea Brasileira em contextos diplomáticos e militares. A imagem da FAB como instituição de alta precisão e confiabilidade foi fortalecida, especialmente entre países com interesse estratégico no Brasil.
A BAGL consolidou-se como um hub confiável para operações diplomáticas de alto risco e grande fluxo. A logística aplicada nesta operação serve agora como modelo para outras cúpulas e eventos multilaterais.
Destaques da Megaoperação da FAB
✔️ Mais de 600 militares mobilizados
✔️ Coordenação entre 14 órgãos civis e militares
✔️ Sala de controle com tecnologia de última geração
✔️ Protocolos internacionais de segurança aplicados
✔️ Base aérea isolada com bloqueio eletrônico total
✔️ Chegada de 15 delegações internacionais
✔️ Apoio de cães, drones e atiradores em pontos estratégicos
✔️ Ativação do Comando Conjunto Redentor para integração das Forças
A operação representou um exemplo claro de como a atuação integrada das Forças Armadas pode garantir segurança e eficácia em eventos de interesse global. O sucesso da missão reforça o Brasil como país apto a sediar agendas geopolíticas de grande escala.
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[…] 9 de julho de 2025 […]