Comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, divulga plano de reforço na segurança da região amazônica, com foco na fronteira com a Guiana Francesa
O Exército Brasileiro está tomando medidas estratégicas para aumentar a sua presença militar na região do Amapá, que abriga a principal fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa. A iniciativa foi divulgada pelo comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, durante uma visita ao Comando Militar do Norte (CMN), localizado no estado do Pará. A ação tem como objetivo reforçar a segurança da região e apoiar as atividades de defesa nacional, especialmente em um momento crucial de preparação para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em Belém, no Pará, em novembro de 2025.
Expansão do Comando Militar do Norte
O general Tomás Ribeiro Paiva mencionou que o Exército Brasileiro tem trabalhado para expandir as operações do Comando Militar do Norte. O foco principal está na região amazônica, onde a presença militar será reforçada, não apenas para proteger a fronteira, mas também para melhorar a capacidade operacional das tropas brasileiras. O objetivo é criar uma estrutura mais robusta para monitorar e garantir a soberania territorial na região Norte do Brasil, especialmente na área de Oiapoque, que faz divisa com a Guiana Francesa.
Principais Ações do Exército para Reforçar a Segurança na Fronteira:
- Expansão das tropas do Comando Militar do Norte: Aumento do número de soldados e unidades de apoio.
- Criação de novas unidades: Introdução de um Esquadrão de Cavalaria Mecanizada e unidades de Polícia do Exército.
- Reforço das capacidades logísticas: Melhorias na infraestrutura de transporte e apoio nas áreas de difícil acesso.
- Treinamento e equipagem das tropas: Capacitação intensificada para enfrentar desafios na região amazônica.
- Monitoramento constante das fronteiras: Uso de tecnologias avançadas, como radares e drones, para vigilância e controle.
O general destacou que a 22ª Brigada de Infantaria de Selva, situada em Macapá, será uma das principais beneficiadas com a expansão, já que ela será reforçada com novas unidades, incluindo um Esquadrão de Cavalaria Mecanizada, além de um aumento significativo na capacidade de logística.
O Papel da 22ª Brigada de Infantaria de Selva
A 22ª Brigada de Infantaria de Selva é uma das principais unidades de defesa da região amazônica, especializada em operações de combate na selva e em ambientes de difícil acesso. A brigada tem como missão garantir a proteção da fronteira brasileira com a Guiana Francesa e outras nações da região. Com o reforço de tropas e a adição de novas unidades, a brigada se tornará ainda mais eficaz na defesa da soberania nacional.
A ampliação dessa brigada também terá um impacto significativo no treinamento das tropas. Os militares serão preparados para lidar com condições extremas, como o clima quente e úmido da Amazônia, além de desenvolverem habilidades de patrulhamento em áreas de difícil acesso. O objetivo é garantir que o Exército Brasileiro esteja completamente preparado para lidar com qualquer ameaça na região.

Desafios e Oportunidades na Fronteira Amazônica
A região da fronteira com a Guiana Francesa enfrenta diversos desafios, como o controle do tráfico de drogas, a presença de organizações criminosas, e a proteção de áreas naturais sensíveis. Além disso, a região é uma das mais isoladas do país, o que torna a logística de transporte e apoio uma tarefa difícil. O Exército Brasileiro está se preparando para superar esses obstáculos com o uso de novas tecnologias e o fortalecimento da infraestrutura local.
Desafios:
- Geografia desafiadora: Territórios de difícil acesso e com pouca infraestrutura.
- Atividades criminosas: Tráfico de drogas e mineração ilegal.
- Vigilância e controle: Necessidade de monitoramento constante de grandes áreas.
- Condições climáticas extremas: Alta umidade e chuvas frequentes.
Oportunidades:
- Reforço da soberania nacional: Garantir o controle do território brasileiro.
- Fortalecimento da segurança: Melhorar as capacidades de resposta a possíveis ameaças.
- Cooperação internacional: Melhorar as relações com países vizinhos e promover segurança regional.
- Uso de novas tecnologias: Implantação de radares e drones para vigilância avançada.
A Relação com a COP30
A preparação para a COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que acontecerá em Belém, também tem influenciado a decisão do Exército Brasileiro de reforçar a presença militar na região. A conferência trará líderes internacionais para o Brasil, e garantir a segurança e a estabilidade na Amazônia será uma prioridade durante o evento.
Além disso, o Brasil tem se posicionado como um líder no debate sobre mudanças climáticas, e a segurança da Amazônia é um ponto central nesse contexto. O Exército Brasileiro, ao aumentar sua presença na região, não apenas reforça a segurança, mas também ajuda a proteger a biodiversidade e os recursos naturais da maior floresta tropical do mundo.
O Impacto da Expansão Militar
A expansão da presença militar na região Amazônica terá impactos significativos tanto para a segurança interna do Brasil quanto para sua imagem internacional. O país passará a demonstrar ainda mais seu compromisso com a defesa de sua soberania, especialmente em uma área geograficamente estratégica como a fronteira com a Guiana Francesa. A maior presença militar também tem o potencial de coibir atividades ilegais e garantir a integridade territorial.
Além disso, a ampliação das operações militares pode servir como um modelo de como a segurança nacional pode ser compatibilizada com os desafios ambientais, criando um modelo de operação sustentável para a proteção da Amazônia e seus recursos.
POR: Metrópoles